domingo, 9 de novembro de 2008

Comportamentos de Proximidade no Professor

A proximidade está directamente relacionada com a presença do professor, tendo La Rose e Whitten (2000) identificado quatro tipos de comportamento de proximidade no professor e respectivas características, que a seguir se enuncia:

. Aprovação Social - Os Estudantes são elogiados e reconhecidos, o professor sorri;
. Reconhecimento/Posição - Exemplos pessoais divulgados. Dirigem-se ao professor pelo nome próprio.
. Interesse Social - O professor dirige-se aos alunos, chamando pelo nome, olha para a turma, toca os estudantes, coloca questões e solicita as opiniões dos alunos.
. Realces do Status - O professor usa o humor fora do contexto da aula e há um tratamento informal entre educador e educando, com uma postura descontraída, movendo-se em torno da sala de aula e usando variadas expressões.

Algumas das características supra mencionadas, só podem ser visíveis nos ambientes online, através do uso dos emoticons, que de certa forma reforçam a presença social, a proximidade e até a intimidade, tanto por parte do professor como do aluno, e que substituem as características e formas de comunicação no ensino presencial. A presença do professor torna-se ainda importante e construtiva quando intervém nas discussões que surgem entre os alunos de uma turma, transmitindo conceitos, esclarecendo dúvidas e dando o feedback quando necessário ou solicitado pelo aluno.

Raven M. Wallace (2003) - Aprendizagem Online na Educação Superior: uma Revisão da Investigação sobre as Interacções entre Professores e Estudantes. Págs 19-21.

A Interacção dos Estudantes

A interacção que surge num ambiente online, para além de ser um factor importante no sucesso da realização de um determinado curso, serve para compreender a construção do conhecimento por parte dos estudantes envolvidos.
Num estudo realizado por Gunawardena e colegas (1998), os mesmos desenvolveram um modelo com cinco fases através dos quais se pode avaliar a construção do conhecimento e que são:
 Partilha/comparação de informação;
 Descoberta e exploração da dissonância ou inconsistência entre ideias, conceitos, ou afirmações;
 Negociação de significado/co-construção de conhecimento;
 Teste e modificação de sínteses propostas ou co-construção; e
 Afirmações de acordo/aplicações de significados recentemente construídos.
No entanto, os autores verificaram que raramente os alunos passavam para além da segunda fase, ficando maioritariamente pela primeira.
Um outro estudo foi realizado por Salmon (2000) para identificar o processo que leva os estudantes a participar nas aulas online identificados por:
1. Acesso e motivação;
2. Socialização online;
3. Troca de informação;
4. Construção do conhecimento, e
5. Desenvolvimento.

No decorrer desta Licenciatura que está a ser realizada em regime de e-learning, em que comunicamos de forma assíncrona, verifico que de facto os cinco níveis enunciados por Salmon (2000) têm sido uma constante desde o início do Curso, pois desde a abertura de cada Unidade Curricular, são os professores que nos convidam à socialização, aquando da abertura do fórum “Apresentação individual”, que ao mesmo tempo nos motivam a participar, nos ajuda a integrarmo-nos neste novo e moderno modelo de Aprendizagem, nos torna participantes activos q.b., trocando informações com os colegas, colocando dúvidas e/ou dando a nossa opinião pessoal. O trabalhar os textos ou materiais de estudo nos permitem construir o conhecimento, por exemplo e neste caso concreto, através da criação do presente blog, que nos permite aplicar os conceitos e conhecimentos adquiridos e consequentemente atingir o Desenvolvimento.



Raven M. Wallace (2003)- Aprendizagem Online na Educação Superior: uma Revisão da Investigação sobre as Interacções entre Professores e Estudantes – Págs. 8 - 9.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Aprendizagem no contexto Educativo



Perspectivas recentes sobre cognição sugerem que a aprendizagem é também reforçada pelo envolvimento numa comunidade na qual os alunos se ajudam uns aos outros a dar sentido à informação e ideias, actuando o professor como mediador para focar e orientar a discussão (Brown et al., 1989; Brown & Campione, 1994)